Para rezar não é preciso muito. Até porque a melhor oração é simplesmente aquela que vem do coração... E pode ser apenas fazer um momento de silêncio; só isso já se pode tornar numa bela oração. Mas é também sempre bom conhecer e rezar aquelas orações que já existem: o Pai Nosso, ensinado por Jesus aos discípulos durante a sua pregação, a Avé Maria, ou tantas outras que foram escritas por alguém, algures no tempo. Encontram-se aqui disponíveis algumas delas, em particular uma oração muito bonita a Nossa Senhora dos Milagres (a pagela com esta oração encontra-se disponível no santuário).
Neste pequeno fragmento de papiro, possivelmente do séc. III (conhecido como “Papiro Rylands 470”), encontra-se escrita a mais antiga oração a Nossa Senhora de que se tem conhecimento. Este texto, de uma nobre simplicidade e beleza, revela-nos o sentimento dos primeiros cristãos, que pedem a protecção e intercessão da “Mãe de Deus” (ΘΕΟΤΟΚΕΤ - Theotókos) num presumível contexto de perseguição (“livrai-nos do perigo”). Em Portugal, normalmente é recitada da seguinte forma:
À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus.
Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades,
mas livrai-nos de todos os perigos,
ó Virgem gloriosa e bendita.
Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a vós, e, em prova da minha devoção para convosco, vos consagro, neste dia e para sempre, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser; e porque assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa. Lembrai-vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa. Ah! Guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.
Ámen.